segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A igreja


Escolher a igreja foi um grande desafio.
Todos me faziam a mesma pergunta, “E a igreja, já marcou?”. E sinceramente, não tínhamos nos preocupado em reservar a data na igreja. Somente depois de deixar a comemoração definida, pensamos na celebração. Saímos em busca de igrejas.
Primeiro eu adoro arte sacra! Não tenho domínio sobre o assunto, apenas gosto de me perder em pensamentos quando estou diante daquelas pinturas, e particularmente adoro os tetos. Em mente eu já tinha algumas igrejas, a primeira era o Santuário Sagrado Coração de Jesus, assisti a um casamento lá e fiquei encantada por sua beleza e magnitude. Depois conheci a Capela Joana D'Arc, diferente do que admiro, mas aconchegante e com uma simplicidade encantadora. Um outra opção seria a Igreja Santa Terezinha, essa eu não conheci pessoalmente, vi apenas algumas fotos no site. Começei a entrar em contato com as igrejas, e as surpresas foram aparecendo.
Todas tinham a data que escolhemos livres, lembrando dia 07/04/2012. Pensei logo, que sorte! Depois começamos a conhecer os requisitos e as informações sobre o processo de habilitação matrimonial. E ai descobrimos que a igreja também faz parte do mercado casamenteiro. Para celebrar o casamento nas igrejas citadas neste post, teríamos que desembolsar mais de R$ 1.500,00 - só para celebrar, sem efeito civil. E além do valor, que achamos exorbitante, ainda existe a tal "lista de fornecedores", as igrejas “indicam” empresas credenciadas para que você contrate uma delas. Claro que eles não obrigam a contratação, porém o manual de normas para que outra empresa preste o serviço é enorme, burocrático e desmotivador. O manual ainda apresentava regras quanto ao número de padrinhos, cortejos, músicas, acho que eles visam a padronização das cerimônias, o que  parece bem positivo, para não virar uma bagunça, porém algumas regras são impertinentes demais, mas se você faz questão de se casar em alguma delas, terá que aceitar as normas impostas. Ficamos decepcionados e frustados pela maneira como o matrimônio nos foi apresentado e pensei que todas tratariam da mesma forma, por outro lado escolhi igrejas badaladas e disputadas por algumas noivas, esperar o que? Imaginei que não teria o que fazer, que não pudesse ser diferente em outro lugar, mas foi.
A mãe do André casou em 04/09/1976 na Igreja Santo Antonio do Pari, ela acha a igreja linda, por milhões de motivo e claro ficaria muito feliz se um dos filhos resolvesse casar lá também. A Karina tratou logo de se livrar dessa “herança”, e em 2008 casou-se ao ar livre, em uma cerimônia discreta e intimista. Ainda tinha o André, ou seja, havia esperança, e eu odiava a idéia de ter essa “missão”, porém ele sempre deixou claro que eu poderia escolher qualquer igreja ou lugar, que não precisava me prender a nada e a ninguém. Lindo!
Em Junho de 2006 a Paróquia pegou fogo, o incêndio destruiu uma das torres, após a destruição, ela foi reformada. Nós começamos a frequentar a quermesse da igreja no mesmo ano, eu realmente não lembro do estado da igreja e também nunca tinha entrado para conhecê-la. Depois da peregrinação sem sucesso por igrejas resolvi conhecê-la e foi ótimo! A igreja não tinha “lista de fornecedores”, no regulamento algumas regras para a celebração, todas pertinentes e necessárias e o preço? Acessível, justo no meu ponto de vista, pagaríamos pelo casamento com efeito civil, bem menos do que pagaríamos apenas pela celebração nas outras. A Igreja é grande, a iluminação é ótima e o altar é lindo, o teto? Faltava o “meu” teto pintado, mas isso não fazia diferença, eu não queria ter que contratar os fornecedores indicados por ninguém, eu queria as nossas escolhas. A igreja ofereceu muitos benefícios e decidimos na primeira visita, será aqui!


                                                                        Fotos: W Andrade

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