quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Faltam 4 meses

Exatamente hoje, estamos a 4 meses do casamento, e isso parece assustador, ainda temos muitas coisas para resolver. Na próxima semana vou ficar alguns dias em casa e aproveitar para procurar o vestido, o tempo esgotou e adiar não é possível, é hora de encarar o medo. E depois ainda tem a lista de presentes, convites, decoração, maquiagem, penteado, bem casados!! Temos muitas coisas para fazer e não são apenas detalhes como imaginei. Talvez vocês tenham percebido que eu já estou ansiosa. É estou! Eu imaginava ser uma noiva menos “sofrida”, bobinha né! Se no casamento da minha amiga, eu parecia mais nervosa que ela, porque achei que comigo seria diferente, e porque seria? Melhor não entender e estender.

Os sentimentos começam a se aproximar, e pelo visto a estadia será longa. Falando em estadia, essa semana o pensamento esteve full time na entrega do apartamento, isso porque o prazo em contrato para a entrega era Novembro, mas já sabíamos que não seriam pontual, nunca são. A resposta pronta da construtora é que eles tem mais 6 meses previstos em contrato para concluir a obra e a entrega. O empreendimento tem 4 fases, as primeiras estão prontas e começando o paisagismo, só que ainda tem vistoria e outras burocracias. Então é acalmar o coração, esperar e programar o plano B caso alguma coisa saia do planejado.

Esperar algo que independe das nossas ações é bem complexo, e confesso que estou tendo dificuldade em manter a mente tranquila, e quando penso nisso me refiro não só ao apartamento, mas também aos fornecedores da festa. Pra que a pessoa aqui fique linda e Não louca, talvez a melhor solução seja fazer uma atividade física ou qualquer coisa que possa sublimar a tensão! 
                                                 Pra vocês uma foto do nosso futuro lar.........

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Fechando a lista

A primeira coisa que fizemos antes de fazer a contratação dos serviços foi uma pré-lista sem restrições, era preciso ter ideia da quantidade de convidados. Nos últimos dias fizemos uma lista final, e isso não foi nada fácil, pois queremos compartilhar o momento com todos que fizeram e fazem parte da nossa história, não queremos deixar ninguém de fora, e isso é um tanto quanto complicado! Tanto a minha família como a família do André são numerosas e adoram uma festa e ainda tem os amigos que aumentam a lista consideravelmente. O que fazer? Uma das alternativas que encontramos foi estabelecer alguns critérios.

O que priorizar:
Familiares próximos.
Amigos do casal.
Pais dos amigos (apenas aqueles que frequentamos a casa com frequência).
Colegas do trabalho (o ideal é convidar apenas os que temos mais afinidades e contar com a descrição).

O que evitar:
Familiares ausentes do convívio em família.
Amigos que não falamos há anos.
Convidar desafetos, ou aquela pessoa chata que pode causar algum desconforto para os noivos ou até mesmo na festa.
Amigos dos pais (para evitar uma saia justa, é importante convesar antes com os pais e expor os critérios estabelecidos para realizar a lista de convidados).
Retribuir o convite (se um casal convidou você para o casamento deles, não significa que você precise devolver a gentileza).

Existe uma situação que tem me surpreendido, o tal do auto convite, quando se está a meses do casamento, tudo vira assunto, dos bem casados a obra do apartamento, tem sempre alguém perguntando sobre os preparativos do grande dia. O que fazer diante dessa situação? Procurei uma receita pronta para me prevenir, não encontrei! Acredito que o mais prudente seja informar que a lista está completa, e que a comemoração será apenas para os mais próximos e infelizmente não terão condições  de convidar todos que gostariam. Pode ser que alguns se sintam excluídos, mas com o tempo, acho que as pessoas esquecem.

Apresentado dessa forma parece fácil fazer uma lista, mas acredite não é, nem todos ficarão felizes com as suas escolhas. O mais importante é que o casal esteja cercado por pessoas que tem um significado especial, isso é fundamental para que o momento seja mágico, compartilhar o amor com que amamos!


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O casamento de grandes amigos

No último sábado tivemos a honra de ser padrinhos de casamento dos amados amigos Thais e Mario. Conheci a Thais no primeiro ano da faculdade e foi um presente me tornar sua amiga. Ela foi apresentada ao Mário por um amigo deles em comum no famoso calçadão da faculdade. O namoro começou meses depois do meu com o André.
Do namoro até o casamento, já trilhamos muitos caminhos e temos muitas histórias pra contar. Foram momentos bons, de chocks também, de diversão, de partilha, de cumplicidade, de companheirismo e muita amizade. Ver o relacionamento desses amigos ser construído dia-a-dia, ver a entrega de cada um, o amor se fortalecendo, tantas mudanças, tantos momentos, que só de pensar que eles iriam casar, eu ficava cheia de pensamentos e com um turbilhão de sensações, já dizia o rei, são tantas emoções!
Na organização da entrada dos padrinhos, tive uma crise de riso, estava nervosa e ainda por cima não podia chorar para não borrar a maquiagem, mas não contive a minha alegria e a minha emoção. Ver os amigos reunidos para abençoar esse momento foi absurdamente maravilhoso. Mas eu não era a única, o nosso amigo Thiago, “o durão”, se emocionou, antes e depois, e foi lindo ver a emoção tomando conta de todos os padrinhos e madrinhas no momento dos cumprimentos. Ahh uma pequena observação, quem conhece o noivo, sabe o quanto ele é animado, alegre por natureza, mas ele estava muitooooo nervoso, ficou sério a cerimônia toda, mas ainda assim conseguiu animar a platéia ao responder “é de livre e espontânea vontade.....” em alto e bom tom disse “SIIIIIMMMMMM” sua entonação foi bastante expressiva. Ele só relaxou na saída, já chegando próximo ao carro. 
O casamento aconteceu na Base Aérea de Guarulhos, o lugar é lindo, muito arborizado e dona de uma tranquilidade deliciosa, parecíamos isolados naquele momento mágico. A capela no centro de uma pequena praça, acolhedora, singela, e linda. A festa aconteceu no salão da  Base Aérea, um espaço amplo em um único ambiente, como gosto. A decoração estava linda e representava as características dos noivos, elegante e alegre. Como um boa degustadora..rs, não posso deixar de falar da comida claro, um coquetel delicioso, tudo a vontade e quentinho. Os padrinhos foram presentados com um mini bolo (de verdade), eu ainda não provei, é lindo não da vontade de desmontar..rs. O DJ animou a pista com um som eclético, e empolgou os convidados que dançaram até o último momento. Me diverti muito! Viver momentos como este, é lavar a alma com amor!
Fora a emoção de ver grandes amigos casando, foi ter o coração batendo mais forte ao imaginar que daqui poucos meses será a nossa hora de receber os amigos, de dizer o sim, de posar para as fotos e tantas outras coisas. Fiquei lá me perdendo em pensamentos, tentando imaginar como eu vou me sentir no dia, como olhar para todos ao entrar na igreja, como aproveitar a festa, fui viajando....depois voltei a atenção aos noivos e me concentrei na ocasião.
Para finalizar quero dizer aos nossos amigos, que desejamos que vocês sejam felizes, que se respeitem, que se amem, que sejam companheiros e que juntos edifiquem o lar dia após a dia. Nós acompanharemos essa nova trajetória de vocês, na torcida para que o amor sempre prevaleça. Como amigos e padrinhos contem sempre conosco, nossos corações estão abertos para recebê-los. Amo vocês!


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

"Pais"

Os “pais” que cito na verdade não são os meus pais biológicos, são meus tios maternos.
Eles receberam  a minha guarda em 1988 quando vim de MG para SP com a minha tia Eleuza. Meus pais? Meus pais partiram para cumprir sua missão em outro tempo, em outro lugar. Minha mãe morreu 08 dias após o meu nascimento, alguns familiares dizem que ela tinha um problema de coração, acho que ninguém sabe de forma concreta o que aconteceu, na certidão de óbito a causa é indeterminada, meu pai faleceu em Janeiro de 2004 de trombose venosa, após passar anos em dependência do álcool. Tenho dois irmãos biológicos, o Fred (32 anos) que mora no Pará e o Rodrigo (30 anos) que mora aqui em SP com a tia Eleuza, e tenho mais três “irmãos/primos”, o Betinho, o Alex e o Danilo, só homens!
Em 2005 ingressei no meu primeiro estágio para trabalhar em uma equipe grande, e sabia que iriam surgir muitas perguntas sobre a minha família, explicar essa balaio de gato não é fácil, primeiro porque a minha família destoa do conceito tradicional de família: pai, mãe e irmãos, no meu caso são tios, primos e primas, fora isso tem as pessoas que ficam penalizadas e não falam mais no assunto, vira um tabu. Toda a explicação acontece porque eu os chamo de Tio Armando e Tia Delza, e também tem a Tia Eleuza responsável pelos meus cuidados até a minha vinda pra SP, na verdade até hoje ela não parou de cuidar de mim e dos meus irmãos, eles são os meus “pais”. Pensando em resolver essa questão, resolvi mudar o discurso e a partir daquele momento eles seriam chamados de “pais”. E assim aconteceu uma mudança muito significativa, não só em vocabulário, acredito que esse pequeno gesto estreitou laços e aqueceu os nossos corações. Eu ainda os chamo de tios, mas a definição trouxe aceitação, reforçou o amor e os laços que nos unem.
Entender toda essa bagunçada estrutura familiar não foi fácil! Tivemos lá os nossos momentos conturbados, de desespero, de descrença, e eu tive meus muitos momentos de dúvidas e questionamentos, acho que ainda os tenhos..rs Um fato é certo, não foi fácil pra ninguém, pra família que se desfez, pra família que acolheu, pra pessoa que se doou, muitos planos desfeitos, sonhos interrompidos e pessoas que tiveram suas vidas transformadas a partir do dia 18/04/1984. Hoje o cenário é outro, crianças crescidas e criadas, e todos tocando a vida de forma vitoriosa, fica um sentimento de gratidão a todos que contribuíram com o nosso cuidado, com a nossa educação, sem dúvidas todas essas pessoas foram fundamentais para nos proporcionar um crescer digno.
A alguns anos venho trabalhando essa questão familiar, então achei que o assunto estava superado, até ter que alugar o tal vestido.
Começaram semanas difíceis....e foi ai que comecei a compreender que o meu “bloqueio” não era o número do meu manequim, não era a dificuldade de achar um vestido, que não era a grana curta e o preço alto. A dificuldade é a lembrança, a saudade, a vontade de ter a minha mãe comigo e compartilhar esse momento. E ai está a questão mais doida que tenho que lidar. Saudade de que? Eu não tive tempo de conhece-la, de conviver com ela, não sei o cheiro do seu perfume, sua voz nunca ouvi. Saudade do que? Saudade do que não vi, do amor que não senti, do abraço perdido, do colo vazio, simplesmente saudade..........Uma saudade que enlouquece, adoece e dói, uma saudade que faz parar! E exatamente nesse ponto que estou, parada! Porque penso que ela ficaria feliz em estar presente nesse momento, penso que seria lindo e emocionante dividir com ela essa alegria. Tudo isso faz parte de um imaginário, porque talvez se ela estivesse aqui nada fosse desse jeito, mas nem essa possibilidade afasta o meu querer e a saudade que trago comigo.
Semanas melhores chegaram, dividir com as amigas foi um passo importante, ter a compreensão e o respeito do André, mesmo sem poder entender o porque de tanta saudade foi fundamental. As emoções estão a flor da pele, meu desejo e minhas orações estão em ter um coração calmo para que eu esteja em paz, feliz e serena ao cruzar o caminho até o altar. Demorei mais de três dias para fazer esse post, e por mais incrível que seja, finalizo ele hoje com um sentimento de gratidão e  um amor enorme, por ela Maria de Lourdes Pereira que me guia com sua luz, pelos meus “pais” e minha tia Eleuza, pelos meus irmãos, primos e primas, pela família do André, que me acolheu, e que cuida de mim desde o primeiro momento que estivemos juntos, aos meus poucos e fiéis amigos. Um amor ainda maior por Deus, que em meu momento de angústia e desespero por não entender as coisas do mundo, cuidou da minha ferida, me deu forças para continuar a caminha, minha eterna gratidão pelo seu amor infinito e cuidado diário.

                                             Tio Armando, eu, Tia Delza, André e Tia Eleuza
                                                           Lurdinha como era chamada